sexta-feira, 3 de junho de 2016

Comerciantes Bahá'ís são impedidos de exercer o comércio, entenda!

Comerciantes brasileiro demonstram preocupação com a opressão econômica contra os bahá'ís iranianos

Recentemente comerciantes brasileiros de diversos estados se pronunciaram contra a opressão contínua e sistemática dos membros da Fé Bahá'í no Irã. As lojas e comércios pertencentes a bahá’ís sofrem ataques frequentes. Desde 2005, por exemplo, pelo menos 650 incidentes de perseguição econômica aos bahá’ís do Irã foram documentados. Esses incidentes ocorreram em praticamente todas as províncias. O número de incidentes é sem dúvida maior devido à dificuldade de obter informações acuradas a respeito de violação de direitos humanos no Irã. “O elevado número de incidentes e sua ampla diversidade geográfica e de tipos mostra que há uma campanha oficial e dirigida pelos altos escalões do governo para privar os bahá’ís do Irã de seus meios de subsistência”, disse Iradj Roberto, representante da Comunidade Bahá’í do Brasil. Além do sufocamento econômico, os bahá’ís são impedidos de cursar ensino superior, são proibidos de trabalhar no setor público e não recebem autorização para trabalhar em um muitas empresas de empresas.
"O que eu tenho para dizer sobre o que está acontecendo lá no Oriente é que eu fico muito triste, que deveria haver união, porque Deus significa união, amor, e não o que nós estamos vendo acontecendo lá fora." - Rosmari.
"Nós não estamos falando só de religião, estamos falando de dignidade. Estamos falando de Direitos Humanos! Enquanto houver um único cidadão no mundo que não possa exercer, livremente, a sua crença, que sofra qualquer tipo de restrição social ou governamental, em razão da sua escolha religiosa, ali, não haverá liberdade religioso e o nosso coração estará com esse cidadão, defendendo a sua liberdade e sendo parceiro naquilo que o Brasil puder alçar a sua voz." - Damaris Moura, Presidente da Comissão de Direito e Liberdade da OAB/SP.
"Quem crê, ama. E quem ama, busca cumprir o que crê. É isso que os bahá'ís no Irã procuram viver na sua vida de cada dia. Isso está, inclusive, editado no artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que foi firmada pelo Irão. Este povo somente procura viver nessa fé a partir da liberdade de pensamento, da liberdade de crença, do exercício do seu país, sem descumprir as normas e leis de onde vive, mas cumprindo aquilo que vem dentro do seu coração, da sua alma. Os bahá'ís têm direito a viver isso, na liberdade e no amor. Viver isso plenamente com o apoio de toda a sociedade." - Dr. Fernando Altemeyer, professor de Teologia da PUC/SP.
"Declaro o meu apelo a todo o Estado do Irã, que possa permitir aos nossos irmãos professarem a sua fé e terem a liberdade religiosa, que a ONU assista a todos aqueles e aquelas que, muito embora seja uma comunidade pequena, é legitimada dentro das suas tradições e das sua raízes. O meu respeito a todo o Estado iraniano, mas, aqui, a minha solicitação, com humildade, para que deixe os nossos irmãos bahá'ís terem a liberdade, tanto de culto, quanto de vida." - Babalorixá Pai Tinho de Odé.
"Meu nome é Nei Menezes, sou corretor de imóveis e, também, pequeno comerciante, e estou sabendo da perseguição dos iranianos aos bahá'ís. Isso é um absurdo! Principalmente, das perseguições obrigando os bahá'ís a não poderem fechar as suas lojas, o seu comércio, o seu dia de ganho, no seu dia sagrado. Isso é um absurdo muito grande! Então, estou, aqui, me solidarizando em prol do povo bahá'í, e acredito que isso nunca, jamais, poderia acontecer." - Nei Menezes, pequeno empresário e corretor de imóveis.
"Eu quero declarar a minha solidariedade aos comerciantes bahá'ís no Irã, que estão sendo perseguidos pelas autoridades iranianas. Um repúdio! Declaro o meu repúdio a esse tipo de perseguição das autoridades iranianas aos bahá'ís. Eu sou Fabiana, sou kardecista e trabalho na área de comércio." - Fabiana Farah, que trabalha na área de comércio.
"Chega a mim, com muita tristeza, essa informação que adeptos da Fé Bahá'í no Irã sofrem uma perseguição bastante séria, bastante rigorosa, simplesmente por professarem uma fé, que é uma minoria. Penso eu que o país teria muito o que ganhar sabendo entender e sabendo respeitar as pessoas que defendem essa fé, e que é uma fé bastante pacífica, antes de tudo. Então, é dessa maneira que eu vejo a situação: todos ganhariam muito mais conseguindo entender, conseguindo tolerar e respeitando quem pensa de uma forma diferente." - Alfredo Ondas, Delegado de Polícia e Vereador de Americana/SP.
"O que acontece, hoje em dia, com a Fé Bahá'í no Irã é um absurdo! É injusto! Nenhum governo tem o direito de boicotar, menosprezar, impedir ou prejudicar, qualquer manifestação de fé. Se nós analisarmos os governos autoritários durante toda a história do ser humanos, a gente só vai encontrar desgraça, só encontrar morte, escuridão, atraso. Não cabe ao governo e não cabe a nenhum ser humano julgar a respeito da fé." - Helmuth Neitzel, gerente comercial.
"Bahá'í, não abram mão dos seus direitos! Não abram mão da sua fé! A gente serve um Deus maravilhoso, que nos guarda e nos protege em todos os momentos." - Maria das Graças, em Minas Gerais.
"Eu condeno, veementemente, a retaliação religiosa junto à comunidade bahá'í. Cada um deve ser livre para manifestar a sua religiosidade e, também, livre par fechar ou abrir o comércio, segundo as suas intenções individuais." - Lourival Júnior, tecnólogo em processamento de dados, em Arapongas/PR.

Um comentário:

  1. Triste e extremamente doloroso imaginar que ainda vivemos tal situação. Porém, transparece claramente o dever que todos nós, indivíduos (independentemente da crença religiosa) temos para com a humanidade: dar voz àqueles que são privados de fazê-lo e buscar a melhora do mundo em cada uma de nossas atitudes e escolhas, sem permitir que a apatia nos consuma e que o serviço seja colocado em segundo lugar. Meu apoio e orações a cada amigo bahá'í privado de inúmeros direitos que constam na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Muito obrigada por compartilhar conosco a realidade atual, Said.

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