Comerciantes brasileiro demonstram preocupação com a opressão econômica contra os bahá'ís iranianos
Recentemente
comerciantes brasileiros de diversos estados se pronunciaram contra a
opressão contínua e sistemática dos membros da Fé Bahá'í no Irã. As
lojas e comércios pertencentes a bahá’ís sofrem ataques frequentes.
Desde 2005, por exemplo, pelo menos 650 incidentes de perseguição
econômica aos bahá’ís do Irã foram documentados. Esses incidentes
ocorreram em praticamente todas as províncias. O número de incidentes é
sem dúvida maior devido à dificuldade de obter informações acuradas a
respeito de violação de direitos humanos no Irã. “O elevado número de
incidentes e sua ampla diversidade geográfica e de tipos mostra que há
uma campanha oficial e dirigida pelos altos escalões do governo para
privar os bahá’ís do Irã de seus meios de subsistência”, disse Iradj
Roberto, representante da Comunidade Bahá’í do Brasil. Além do
sufocamento econômico, os bahá’ís são impedidos de cursar ensino
superior, são proibidos de trabalhar no setor público e não recebem
autorização para trabalhar em um muitas empresas de empresas.
"O que eu tenho para dizer
sobre o que está acontecendo lá no Oriente é que eu fico muito triste,
que deveria haver união, porque Deus significa união, amor, e não o que
nós estamos vendo acontecendo lá fora." - Rosmari.
"Nós não estamos falando
só de religião, estamos falando de dignidade. Estamos falando de
Direitos Humanos! Enquanto houver um único cidadão no mundo que não
possa exercer, livremente, a sua crença, que sofra qualquer tipo de
restrição social ou governamental, em razão da sua escolha religiosa,
ali, não haverá liberdade religioso e o nosso coração estará com esse
cidadão, defendendo a sua liberdade e sendo parceiro naquilo que o
Brasil puder alçar a sua voz." - Damaris Moura, Presidente da Comissão de Direito e Liberdade da OAB/SP.
"Quem crê, ama. E quem
ama, busca cumprir o que crê. É isso que os bahá'ís no Irã procuram
viver na sua vida de cada dia. Isso está, inclusive, editado no artigo
18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, que foi firmada pelo
Irão. Este povo somente procura viver nessa fé a partir da liberdade de
pensamento, da liberdade de crença, do exercício do seu país, sem
descumprir as normas e leis de onde vive, mas cumprindo aquilo que vem
dentro do seu coração, da sua alma. Os bahá'ís têm direito a viver isso,
na liberdade e no amor. Viver isso plenamente com o apoio de toda a
sociedade." - Dr. Fernando Altemeyer, professor de Teologia da PUC/SP.
"Declaro o meu apelo a
todo o Estado do Irã, que possa permitir aos nossos irmãos professarem a
sua fé e terem a liberdade religiosa, que a ONU assista a todos aqueles
e aquelas que, muito embora seja uma comunidade pequena, é legitimada
dentro das suas tradições e das sua raízes. O meu respeito a todo o
Estado iraniano, mas, aqui, a minha solicitação, com humildade, para que
deixe os nossos irmãos bahá'ís terem a liberdade, tanto de culto,
quanto de vida." - Babalorixá Pai Tinho de Odé.
"Meu nome é Nei Menezes,
sou corretor de imóveis e, também, pequeno comerciante, e estou sabendo
da perseguição dos iranianos aos bahá'ís. Isso é um absurdo!
Principalmente, das perseguições obrigando os bahá'ís a não poderem
fechar as suas lojas, o seu comércio, o seu dia de ganho, no seu dia
sagrado. Isso é um absurdo muito grande! Então, estou, aqui, me
solidarizando em prol do povo bahá'í, e acredito que isso nunca, jamais,
poderia acontecer." - Nei Menezes, pequeno empresário e corretor de imóveis.
"Eu quero declarar a minha
solidariedade aos comerciantes bahá'ís no Irã, que estão sendo
perseguidos pelas autoridades iranianas. Um repúdio! Declaro o meu
repúdio a esse tipo de perseguição das autoridades iranianas aos
bahá'ís. Eu sou Fabiana, sou kardecista e trabalho na área de comércio."
- Fabiana Farah, que trabalha na área de comércio.
"Chega a mim, com muita
tristeza, essa informação que adeptos da Fé Bahá'í no Irã sofrem uma
perseguição bastante séria, bastante rigorosa, simplesmente por
professarem uma fé, que é uma minoria. Penso eu que o país teria muito o
que ganhar sabendo entender e sabendo respeitar as pessoas que defendem
essa fé, e que é uma fé bastante pacífica, antes de tudo. Então, é
dessa maneira que eu vejo a situação: todos ganhariam muito mais
conseguindo entender, conseguindo tolerar e respeitando quem pensa de
uma forma diferente." - Alfredo Ondas, Delegado de Polícia e Vereador de Americana/SP.
"O que acontece, hoje em
dia, com a Fé Bahá'í no Irã é um absurdo! É injusto! Nenhum governo tem o
direito de boicotar, menosprezar, impedir ou prejudicar, qualquer
manifestação de fé. Se nós analisarmos os governos autoritários durante
toda a história do ser humanos, a gente só vai encontrar desgraça, só
encontrar morte, escuridão, atraso. Não cabe ao governo e não cabe a
nenhum ser humano julgar a respeito da fé." - Helmuth Neitzel, gerente comercial.
"Bahá'í, não abram mão dos
seus direitos! Não abram mão da sua fé! A gente serve um Deus
maravilhoso, que nos guarda e nos protege em todos os momentos." - Maria das Graças, em Minas Gerais.
"Eu condeno,
veementemente, a retaliação religiosa junto à comunidade bahá'í. Cada um
deve ser livre para manifestar a sua religiosidade e, também, livre par
fechar ou abrir o comércio, segundo as suas intenções individuais." - Lourival Júnior, tecnólogo em processamento de dados, em Arapongas/PR.
Triste e extremamente doloroso imaginar que ainda vivemos tal situação. Porém, transparece claramente o dever que todos nós, indivíduos (independentemente da crença religiosa) temos para com a humanidade: dar voz àqueles que são privados de fazê-lo e buscar a melhora do mundo em cada uma de nossas atitudes e escolhas, sem permitir que a apatia nos consuma e que o serviço seja colocado em segundo lugar. Meu apoio e orações a cada amigo bahá'í privado de inúmeros direitos que constam na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Muito obrigada por compartilhar conosco a realidade atual, Said.
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