sábado, 30 de julho de 2011

Comunidade bahá'í participa da 4ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa

Assembleia Nacional solicita apoio dos bahá'ís para ato público na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro



Em carta enviada às instituições bahá'ís, a Assembleia Espiritual Nacional* convoca os bahá'ís a formarem caravanas para participar da 4ª Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, a ser realizada no Rio de Janeiro no dia 18 de setembro, na orla da praia de Copacabana. O ato público, que tem acontecido todos os anos desde 2008 para clamar pelo fim da violência e da intolerância contra quaisquer crenças e religiões, tem o objetivo de promover a eliminação da discriminação religiosa do seio de nossa sociedade.

A organização do ato, que conta com o apoio da TV Globo, é feita predominantemente pela Comissão de Combate a Intolerância Religiosa (CCIR), cujo apoio foi essencial para a Manifestação pela Liberdade e pela Vida, realizada em Copacabana no dia 19 de junho, que pediu a libertação dos sete ex-Yaran, as lideranças bahá'ís presas no Irã. A caminhada é um evento de grande repercussão na mídia e já chegou a contar com a participação de 80 mil pessoas, sendo uma grande oportunidade para alcançar uma amplitude de impacto na sociedade no que diz respeito às crenças e religiões como um direito a ser efetivado.

A idéia é repetir a mesma mobilização de 19 de junho, com bahá’ís vindo de todas as partes do Brasil e se formar novamente uma mobilização pela liberação dos sete ex-Yaran. Para esta caminhada, cada participante terá em mãos uma máscara com a foto de um dos sete e e o colete com a frase “Hoje somos todos bahá'ís” e “Libertem os 7 líderes bahá’ís presos no Irã”, usados na manifestação de junho que coloriu de amarelo a orla de Copacabana.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Aumenta a condenação às violações de direitos humanos no Irã

Aumenta a condenação às violações de direitos humanos no Irã

No Brasil, Canadá, Índia e Chile, indivíduos de diversos meios se mobilizam em defesa dos direitos humanos no Irã

Sites dos Senados chileno e canadense

O protesto mundial contra a perseguição à comunidade Bahá’í do Irã recebeu o apoio de aliados como o Senado Chileno, uma senadora muçulmana do Canadá, um deputado federal e entidades religiosas no Brasil e proeminentes organizações indianas, bem como a advogada e Prêmio Nobel da Paz iraniana, Shirin Ebadi.

Os últimos apelos – que pedem pelo fim tanto do encarceramento das sete lideranças bahá’ís como da prolongada detenção de 12 colaboradores e professores do Instituto Bahá'í para Educação Superior (BIHE, sigla no inglês) – coincidiram com o envio pela Casa Universal de Justiça de uma mensagem aos bahá’ís do Irã.

A mensagem, escrita em persa e datada de 17 de junho, repudia como “infundadas” e “absurdas” as declarações de autoridades iranianas de que seriam “ilegais” as iniciativas da comunidade bahá’í para educar seus jovens membros.

O documento critica também aqueles que no Irã se afastaram dos verdadeiros valores islâmicos, das leis de sua terra e da magnífica história de erudição e conhecimento da nação, chegando ao ponto de – com base em ignorante preconceito religioso – negar educação superior a seus jovens cidadãos.

“Hoje, Somos Todos Bahá'ís”
Deputado federal Chico Alencar
No Brasil, o deputado federal Chico Alencar participou de uma manifestação em defesa das lideranças bahá'ís presas no Irã, que aconteceu no dia 19 de junho na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, durante a qual manifestou seu apoio aos sete bahá'ís, que estão cumprindo o seu quarto ano de prisão.

“Os bahá'ís hoje têm um compromisso com a solidariedade e a igualdade ... [A Fé Bahá'í] tem um elemento humanista fundamental que só um regime totalitário obscurantista pode desconhecer”, afirmou Alencar, que é membro da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal.

Também se pronunciaram em defesa dos bahá'ís no Irã representantes do Candomblé e da Umbanda, do Kardecismo, da comunidade judaica e de outras religiões, que participaram da manifestação com o objetivo de defender a liberdade religiosa em todos os países do mundo, e em especial no Irã.

“Nós sabemos bem o que é ser perseguido por causa de religião, e assim sabemos o quão importante é mostrar solidariedade a outras minorias reprimidas”, disse Natan Klabin, representante do Hillel – uma organização da juventude judaica do Rio de Janeiro.

Manifestação na praia de Copacabana

Vestindo um dos mil coletes amarelos que foram distribuídos durante a manifestação – que traziam estampada a frase Hoje, Somos Todos Bahá'ís – Klabin finalizou sua fala dizendo: “Sou judeu durante todos os dias de minha vida. Mas hoje, eu também sou bahá'i”.


A Voz da Justiça

Em visita ao Brasil, a advogada iraniana Nobel da Paz, Shirin Ebadi, também defendeu os bahá'ís em seu discurso na audiência pública na Câmara Federal. “Sou a voz das pessoas que não têm voz para falar”, disse ela, que ressaltou as precárias condições jurídicas e as perseguições que teve de enfrentar pelo fato de ter assumido o caso das sete lideranças bahá'ís, em 2008. 
Audiência pública na Câmara dos Deputados
A negativa de acesso ao ensino superior aos bahá'ís no Irã e as recentes investidas contra o Instituto Bahá'í para Educação Superior (BIHE) também foram levantados por Ebadi durante entrevistas e palestras que proferiu no país entre os dias 7 e 14 de junho. A advogada afirmou que há uma perseguição sistemática aos bahá'ís no Irã, e o impedimento dos jovens de irem à universidade é uma tentativa de enfraquecer a comunidade.

“Detenção injusta”

No Chile, o Senado solicitou com unanimidade ao presidente Sebastian Pinera que expresse sua “enérgica condenação” contra o Irã por sua “rigorosa e sistemática perseguição aos bahá’ís”.

Numa resolução aprovada por unanimidade em 15 de junho, o Senado chileno citou que "desde 1979 o governo do Irã tem sistematicamente negado o acesso à educação superior aos jovens membros da comunidade bahá'í, a maior minoria religiosa não-muçulmana, que conta com 300.000 seguidores no país.

O documento mencionou especificamente a detenção de professores e colaboradores do BIHE no último mês: “Além disto, o governo tem empreendido ações para anular os esforços dos bahá’ís de estabelecerem suas próprias iniciativas [educacionais], incluindo o Instituto Bahá’í de Educação Superior (BIHE).”

Um apelo veemente

No Senado Canadense, a senadora Mobina Jaffer solicitou “novas medidas” do Canadá para “chamar o Irã a prestar contas pelo seu inaceitável tratamento aos bahá’ís”. Jaffer – que é a primeira senadora muçulmana do Canadá – falou por mais de 15 minutos em 21 de junho a respeito da situação de direitos humanos no Irã, denunciando o país pela “brutal campanha de opressão contra seus cidadãos”.

A maior parte de seu discurso, no entanto, foi dedicado à discussão da perseguição do governo iraniano aos bahá’ís, dizendo que a situação “é um estudo de caso das reais intenções do governo iraniano quanto às suas obrigações relacionadas aos direitos humanos.”

“A perseguição enfrentada pelos bahá’ís no Irã hoje tem poucos paralelos na história humana”, disse a senadora Jaffer. “Esta é uma comunidade de mais de 300 mil pessoas que por mais de 30 anos vem sendo submetida a uma política de estado, frequentemente explícita, focada em sua destruição.”

“Os bahá’ís enfrentam acusações no Irã porque uma elite clerical linha dura considera ilegítima a sua religião, e por isso eles são considerados apóstatas ou oponentes do Islã. Essa atitude em relação aos bahá’ís é espalhada através de mentiras e informações falsas transmitidas pela mídia controlada pelo estado”, disse ela.

O “questionamento” formal da senadora Jaffer implica na retomada por parte do Senado canadense da discussão a respeito da situação de direitos humanos no Irã em sua próxima sessão, prevista para setembro.

Os “vergonhosos” atos do Irã

Na Índia, pessoas proeminentes continuam a erguer suas vozes contra o aprisionamento de colaboradores e professores do BIHE.

A Fundação Better Education Through Innovation (BETI), – que se dedica à educação de meninas na região de Lucknow – expressou sua “firme e leal solidariedade na condenação das ações contra o Instituto Bahá’í para Educação Superior”.

“É deveras surpreendente que a República Islâmica do Irã lance mão de atos que não somente negam aos bahá’ís seus direitos humanos inerentes, mas que também vão contra os mandamentos do Sagrado Alcorão, que repetidamente enfatiza a necessidade de obter a mais elevada e a melhor educação possível...”, escreveu Sehba Hussain, diretora fundadora da Fundação BETI e membro da Comissão Nacional para a Proteção dos Direitos da Criança.

Em uma carta escrita ao embaixador iraniano na Índia, acompanhada de uma petição assinada por 86 lideranças, Maja Daruwala – diretora da ONG Commonwealth Human Rights Initiatives – expressou em nome dos signatários “a mais vigorosa condenação dos brutais atos de perseguição aos bahá’ís do Irã”, particularmente “os relacionados ao nobre trabalho de prover acesso à educação para a juventude bahá’í, a quem o direito à educação tem sido sistematicamente negado...”

“Pedimos também ao governo do Irã que honre suas obrigações para com o Tratado Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, e permita a todos os seus cidadãos o acesso a educação superior, independente de sua ideologia ou crença”, escreveu a Sra. Daruwala.

Reportagens Especiais

A Agência Bahá'í de Notícias publicou uma Reportagem Especial, baseada em materiais elaborados pelo Baha'i World News Service, que inclui artigos e materiais de apoio sobre as sete lideranças bahá'ís iranianas – suas vidas, sua prisão, julgamento e condenação – e as alegações feitas contra elas. A reportagem oferece ainda materiais complementares acerca da perseguição contra a comunidade bahá'í no Irã.

Uma outra Reportagem Especial inclui artigos e informações relacionadas à campanha do Irã para negar aos bahá'ís o acesso à educação superior. Lá estão disponíveis um resumo da situação, artigos de destaque, estudos de caso e testemunhos de estudantes, além de materiais de apoio e links. 

terça-feira, 21 de junho de 2011

Manifestação no Rio pede ao Irã que respeite os direitos humanos.


RIO DE JANEIRO, Brasil, 20 de maio de 2011 (BWNS) – Representantes do governo, comunidades religiosas e organizações da sociedade civil estavam entre os 800 ativistas de direitos humanos reunidos para pedir ao Irã que cesse a perseguição aos bahá’ís e outras minorias religiosas.


Os participantes vieram de todas as partes do Brasil para participar da manifestação, realizado ontem na praia de Copacabana no Rio de Janeiro, sendo que alguns levaram mais de 15 horas viajando de ônibus para estar lá.

Quase 8 mil imagens com os rostos das sete lideranças bahá’ís aprisionadas estavam dispostas na praia, correspondendo ao número de dias de prisão que os sete vêm sofrendo após três anos na prisão. As fotos estavam dispostas em um grande círculo, representando o mundo e a união dos povos de todas as raças e nações.

Nas suas observações, o deputado federal Chico Alencar, deu o tom para as atividades do dia, dizendo: “A liberdade religiosa é algo que não pode ser tocada.”

Um participante judeu, Natan Klabin, concordou: “Nós sabemos bem o que é ser perseguido por causa de religião, e assim sabemos o quão importante é mostrar solidariedade a outras minorias reprimidas”, disse ele.

O babalaô Ivanir dos Santos – representando o Candomblé, religião afro-brasileira – falou sobre a perseguição que sua comunidade frequentemente enfrenta. “É por isso que sentimos que devemos protestar contra todos os tipos de intolerância religiosa. Tenho a esperança de que um dia não mais precisaremos promover manifestações como esta, em país algum”, disse Ivanir.

Mil coletes amarelos – com a frase “Hoje somos todos bahá’ís” e “Libertem os 7 bahá’ís presos no Irã” – foram distribuídos juntamente com folhetos sobre liberdade religiosa. Mmúsicos que contribuíram com o programa, apresentando canções sobre os temas de liberdade e solidariedade.

O bahá’í brasileiro, Iradj Eghrari, disse que demonstrar solidariedade entre as religiões é essencial para mostrar às autoridades iranianas que a perseguição não é uma questão de preocupação somente para os bahá’ís.

“Se hoje você não demonstra apoio a uma minoria religiosa perseguida, amanhã a vítima da intolerância religiosa pode ser você”, declarou.

As sete lideranças bahá’ís aprisionados eram membros de um grupo informal de nível nacional que ajudava a atender às necessidades dos mais de 300 mil membros da comunidade bahá’í do Irã. Após serem detidos ilegalmente por 30 meses, eles foram julgados sob acusações fraudulentas e, em agosto de 2010, cada um foi sentenciado a 20 anos de prisão.


Veja as fotos da manifestação no álbum da Comunidade Bahá’í do Brasil na Internet:
Assista aos vídeos pelo canal da SASG no YouTube:
Acesse também o perfil no Facebook e veja as fotos e notícias sobre o evento.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Vídeo de uns dos momentos marcantes da Passeata pela Liberdade Religiosa

Ida para a passeata
Amigos incomparáveis
Pessoal se divertindo cantando
Nosso piadista de pé
Pessoal se preparando para começar a passeata 9h
Preocupação que o motorista tava correndo muito
Nossa viagem de São Paulo para o Rio de Janeiro começou as 0:30 de domingo (19/06/11) com a participação de 37 pessoas saindo da capital.
A viagem teve uma duração de 6h com muita alegria e entusiasmo, estávamos tão animado e ansiosos que não conseguíamos dormir na viagem e  conversávamos sem parar. Tivemos alguns contratempos no meio do caminho com alguns amigos roncando sem parar, que até o motorista do bus achou que era o motor. Chegamos ao destino por volta das 8:30 da matina e olhamos em volta e víamos o trabalho pesado que estava sendo feita para este encontro histórico.















Os amigos trabalhavam fincando as bandeiras com o rosto dos Bahá'ís presos no Irã, naquele dia lindo com o céu azul igual o mar, com todo seu suor, com um sorriso no rosto de satisfação, embaixo de um calor matinal de 25 graus celsos.









Então, todos se acomodaram nos quiosques da praia, deixando seus pertences e indo por a mão na massa. Por volta das 10h da matina, o evento oficialmente deu inicio com já as mais de 7 mil bandeiras fincadas no chão, fazendo um círculo em volta das areias de Copacabana.

Era inevitável que as pessoas fazendo sua corrida, exercícios matinais não ficassem curiosas de saber o que estava acontecendo. Cada minuto que se passava mais e mais pessoas se aglomeravam às beiras da praia e perguntavam-nos o que estava acontecendo e porque desta passeata.

Ainda, tivemos a presença de vários reportes, de diversos fotógrafos de jornais e revistas cobrindo a matéria, além de ilustres presenças de vereadores, da comunidade negra do brasil, da comunidade judaica, da comunidade de intolerância religiosa, entre outros.








Este dia, foi realmente inesquecível, para a comunidade bahá'í do Brasil e para o povo brasileiro que está ficando a par do que ocorre no Irã, além de alertar o governo brasileiro de que seus aliados não são pessoas que respeitam os direito básicos da vida e que isso o povo brasileiro não admite e que o nosso governo também deve ir contra.






No mais, apareceram no Rio de Janeiro, diversas comunidade como a de Belo Horizonte, de São Paulo, de Porto Alegre, de Brasília, do próprio Rio de Janeiro, do Espírito Santo dentre outros Estados, foram todos apoiar esta iniciativa bahá'í que foi um sucesso.

Uma pergunta que era sempre corriqueira, "por que os bahá'ís estão fazendo isto, se não é com o povo brasileiro?"
E a resposta era, o planeta é um só e nós somos seus cidadãos, se a humanidade não der um basta na intolerância religiosa, um basta na falta de liberdade da vida, isto pode acontecer em qualquer lugar, até no Brasil. Imaginemos que aqui no Brasil, fossemos proibidos de acreditar no Evangélio de Jesus, que se acreditássemos nele iríamos ser presos e mortos, nossos filhos proibidos de ter educação e lazer. Então esta passeata trouxe a reflexão que o povo brasileiro de do mundo deve fazer e não deixar que isso ocorra em seus países como ocorre no Irã.


Participantes tirando uma onda
 Gostaria de agradecer todos os presentes neste evento, que fez com que tudo isso foi possível e que nos apoiou 100% e está sempre do lado da Unidade e da Justiça, para que o a terra seja o reflexo do reino dos céus.
Mais de 7 mil bandeirinhas com o rostos do lideres Bahá'ís presos




Unidade na diversidade

Um planeta um só povo

A roda da unidade

Momento que gritamos os nomes dos 7 lideres

Explicação do que estava ocorrendo naquele momento

Wowww!!!! Que lindo!!!!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Manifestação em Copacabana pede fim da perseguição aos Baha’is no Irã
Representantes de diversas religiões participarão, no próximo domingo, de ato de solidariedade com atrações musicais e instalações artísticas.
Surgida em 1844, a religião Bahá’í tem hoje mais de 300 mil seguidores e é a maior minoria religiosa no Irã. Entretanto, ela não é reconhecida pelo governo iraniano, sendo perseguida desde o seu surgimento. Após a Revolução Islâmica, em 1979 esta perseguição se intensificou e centenas de bahá’ís foram mortos, milhares foram presos e outras centenas de milhares sofreram outros tipos de privação.
No próximo domingo, dia 19, centenas de pessoas de várias religiões estarão na Avenida Atlântica, em Copacabana, para prestar solidariedade aos Bahá’ís e exigir o fim da perseguição aos seus seguidores no Irã. Será uma celebração pela liberdade e pela vida, com a presença pessoas vindas de diversos estados brasileiros e lideranças do movimento negro, grupos de direitos humanos, representantes da sociedade civil, governo e entidades religiosas.
A partir das 10h da manhã, o grupo Afoxé Filhos de Ghandi se apresentará na orla da praia, em frente à Rua Siqueira Campos. Estão previstas também a participação das bandas Galhos e Sementes e God First, ainda várias outras atrações musicais e convidados especiais.
Serão fincadas na areia da Praia de Copacabana 7.747 máscaras com o rosto dos sete lideranças Bahá’ís presas atualmente no Irã. Este número é a soma dos dias que cada um deles está sob privação de liberdade, mantidos em condições insalubres e desumanas.
“Ser inocente e ter seus direitos mais fundamentais negados é algo que extrapola a questão individual. Apesar das injustiças que vêm sendo cometidas contra estas sete pessoas, acreditamos que uma manifestação alegre pode reverberar positivamente a favor deles”, diz Mary Aune, representante da Comunidade Bahá’í do Brasil. Há atualmente cerca de 57 mil bahá’ís no Brasil.


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A campanha pela liberdade dos bahá’ís presos no Irã conta ainda com uma página no Facebook (http://on.fb.me/7bahais) na qual, além de notícias sobre o processo de mobilização para o evento em Copacabana, há sugestões de atividades que podem ser desenvolvidas de forma espontânea e descentralizada. Os seguidores da página podem, por exemplo, postar seus próprios vídeos caseiros falando sobre a importância de se garantir os direitos humanos e liberdades individuais a todas as pessoas. Com relação ao caso específico dos bahá’ís, a página sugere a postagem de fotos conceituais e até mesmo o uso de materiais alternativos, como balões de gás hélio para chamar a atenção para o caso.
Bahá'ís no Brasil
A Fé Bahá'í chegou ao Brasil com o pioneirismo da americana Leonora Armstrong em 1921. De lá para cá a Comunidade Bahá'í se desenvolveu e cresceu: com mais de 65 mil bahá'ís de todas as idades, está presente em todos os estados brasileiros. Os bahá'ís participam ativamente da vida comunitária, oferecendo atividades de cunho espiritual voltadas para crianças, jovens e adultos, abertas a todos os interessados. Atividades de desenvolvimento socioeconômico e educacional e a promoção de reflexões sobre temas correntes -- como direitos humanos, sustentabilidade, igualdade racial e de gênero -- junto à sociedade e ao governo também fazem parte da agenda bahá'í no Brasil e no mundo.
Mais informações sobre os baha’is: http://www.bahai.org.br/
Mais informações sobre o evento em Copacabana e sobre a perseguição aos Bahai’s no Irã:http://sasg.bahai.org.br/

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Audiência sobre direitos humanos e liberdade religiosa realizada na Bélgica

"Baha'i Pergunta" citado no Parlamento Europeu audiência direitos humanos

31 de maio de 2011
 Vítimas de intolerância religiosa não são apenas as pessoas privadas do direito de praticar sua fé - que sofrem abusos em cada aspecto de suas vidas diárias.
Esta observação foi feita em uma audiência realizada antes da subcomissão do Parlamento Europeu sobre Direitos Humanos.
Penelope Faulkner - um membro da Plataforma Europeia de Discriminação e Intolerância Religiosa (EPRID) - destacou o grau em que a liberdade de religião ou crença está ameaçada em todo o mundo.
É um "enorme problema", disse Faulkner. "Especialmente em países onde o estado ... incita o ódio, as minorias religiosas são indefesos.
"Eles perdem os seus direitos, seus meios de subsistência e, em muitos casos, suas vidas."
"Este é o caso dos Baha'i no Irã, onde as autoridades a aplicar um plano sistemático para lidar com o que chamam de" Baha'i Questão "- com diretrizes específicas para bloquear o acesso à educação, ao confisco de bens, negar emprego e negar a cidadania direitos de alguém conhecido por ser bahá'í ", disse Faulkner.
Seus comentários foram feitos dias depois de cerca de 16 indivíduos foram detidos no Irã para tentar operar uma universidade informal para oferecer educação aos Baha'is que têm sido impedidas de ensino superior pelo governo.
Sra. Faulkner também observou que a pesquisa recente revelou que 70% da população mundial está vivendo em lugares onde a liberdade religiosa seja restringida ou abusado.
"É em todos os continentes, cada comunidade, incluindo a Europa. O efeito devastador do sofrimento humano nos últimos meses mostra que as políticas da UE nesta área não são apenas necessárias, mas muito atrasado", disse ela.
"Os seres humanos são responsáveis"
O Relator Especial das Nações Unidas sobre a liberdade de religião ou crença, Heiner Bielefeldt, disse na audiência que ele vê essas violações em uma base diária.
"E o que me choca mais é o grau de ódio contra as minorias religiosas entre as comunidades - muitas vezes o ódio nutrido por uma combinação paradoxal de medo algumas vezes beirando a paranóia e desprezo", disse o professor Bielefeldt.
Mas os ódios como podem ser superados, ele disse.
"Afinal de contas, são seres humanos que são responsáveis, os seres humanos que também podem mudar, os grupos de seres humanos que também podem evoluir em sua convicção. Isso é algo que devemos sempre ter em conta."
Professor Bielefeldt disse na audiência - realizada em 26 de maio - que a liberdade de religião ou crença é um direito humano universal, que deve também ser interpretados para englobar a mais ampla interpretação da religião.



"Você vê muitos países em várias regiões do mundo que a liberdade promessa de religião ou crença em sua constituição, em seguida, dizer, 'OK, há três opções - você pode ser judeu, cristão, muçulmano e ponto final."
"Às vezes são cinco opções Às vezes é seis opções Às vezes não é religião, mas o ponto de partida... - Se você realmente ficará com a natureza universalista dos direitos humanos - deve ser a dignidade da pessoa humana e seu auto-entendimento.
"Se você conhece os seres humanos, a sua auto-compreensão é muito, muito, muito diversificada", disse ele.
Mas, o professor notou Bielefeldt, as Nações Unidas tratados sobre a questão claramente que a liberdade de religião ou crença "protege teístas, não-teísta, crenças ateístas, bem como o direito de não professar qualquer religião ou crença ... Este é o espírito universalista, e não só o espírito, mas também a carta dos direitos humanos e liberdade de religião. E isto é realmente ameaçada. "
Um contexto mais amplo
Também no painel foi o representante da Comunidade Internacional Bahá'í junto à União Europeia, Sarah Vader. Ela sugeriu que a liberdade de religião ou crença deve ser considerado em um "contexto mais amplo da democracia e da proteção dos direitos humanos".
"A UE deve prestar especial atenção a ser inclusiva e justa, permitindo a participação de todos - incluindo os grupos mais vulneráveis, como mulheres, jovens, minorias étnicas e religiosas", disse Vader, que também estava falando em nome do EPRID, uma coalizão de organizações não-governamentais de apoio à liberdade de religião ou crença de que a Comunidade Internacional Bahá'í é um membro.
"Em relação à futura política da UE em matéria de liberdade de religião ou crença, é necessário que o processo seja aberto, transparente e inclusivo, e encontrar uma forma de envolver a sociedade civil em diferentes níveis, seja aqui em Bruxelas ou no nível das capitais e das delegações a nível da UE ", disse ela.
Ms. Vader ofereceu uma série de recomendações que a UE poderia melhorar o acompanhamento geral e abordagem à liberdade de religião ou crença, como através da criação de um enviado especial para a liberdade religiosa e elaborar um relatório anual sobre os progressos a nível mundial no sentido da liberdade de religião ou crença.