Para os baháís , 21 de março representa mais que a mudança de estações climáticas. Neste dia, os seguidores de Bahá’u’lláh, espalhados por todo o mundo, comemoram a chegada do ano novo, conhecido como Naw-Rúz. A data é comemorada também por muçulmanos e judeus, que realizam belas celebrações em ambientes de harmonia, amizade e alegria.
No Brasil, as comunidades baháís em mais de 1300 municípios celebraram esta data especial na noite do dia 20 de março.Christiane Bittercourt, membro da comunidade baháí de Porto Alegre, acredita que o Naw-Rúz representa a chegada da primavera espiritual. Para ela, trata-se de uma importante oportunidade para divulgar as atividades promovidas pelos baháís, voltadas para a construção de uma nova civilização mundial.
Todos os anos os baháís aproveitam a data para ressaltar o convite à população em geral para que participe das reuniões devocionais ecumênicas, das aulas de educação espiritual para crianças e adolescentes e dos círculos de estudo do Instituto Ruhi de Capacitação, cujo foco é o desenvolvimento social e espiritual dos participantes. Durante a festividade de Naw-Rúz, esse convite é realizado de maneira alegre e espontânea, ressaltando o sentimento de parceria com a sociedade na qual estão inseridos. O objetivo é proporcionar a seguidores de todas as religiões e crenças a oportunidade de tomar as rédeas de seu próprio desenvolvimento.
Em Anápolis (GO), observa-se um envolvimento crescente de indivíduos de todas as origens sociais e raciais e de todos os níveis educacionais nas atividades mencionadas. “É sempre bom saber que temos pessoas em volta com o mesmo proposito de vida,”, diz Pari Farani, membro da comunidade baháí local. ”Como estas pessoas estão preocupadas com a situação da humanidade, aproveitamos bastante a festa de Naw-Rúz desse ano para mostrá-los o que fazemos e como eles podem se envolver”.
As 104 pessoas que foram à celebração do ano novo baháí em Curitiba encheram a recém reformada Sede Baháí da cidade. Uma interessante apresentação acerca das ações desenvolvidas pela comunidade baháí para a melhora da sociedade foi intercalada com falas inspiradoras sobre o sentido de um novo início de ano nas vidas de todas as pessoas. “Os presentes foram convidados a participar de atividades voluntárias voltadas para a educação espiritual de crianças e adolescentes, além de serem estimulados a se envolver nas reuniões devocionais realizadas em suas vizinhanças”, conta Cláudia Ayvazian, membro da comunidade local da capital paranaense.
Outro tema recorrente em diversas festas por todo o país foi o calendário baháí, que apesar de contar com os mesmos 365 dias do calendário gregoriano, tem uma estrutura diferenciada. São 19 meses de 19 dias, cada um nomeado a partir de um atributo de Deus. “Para completar os 365 dias, há um período conhecido como Ayyám-i-Há, ou dias intercalares”, explica Daniella Hiche, membro da comunidade baháí do Lago Sul (DF). Durante a festa preparada pela comunidade da qual Daniella faz parte, uma breve fala ofereceu algumas informações sobre esse assunto, além de dar algumas informações acerca da vida de Bahá’u’lláh, fundador da Fé Bahá’í.
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